RIP Ask.com: A Pergunta Que Não Queria Calar, Mas Calou
O Ask.com, player conhecido e inovador mas menosprezado no mercado da busca, decidiu desistir da busca de acordo com um post da Bloomberg escrito por Brad Stone e Brett Pulley.
A notícia marca o fim de uma era. Barry Diller da IAC disse a Bloomberg que foi uma concessão ao incrível poder de busca da Google e executivos da empresa anunciaram suas intenções de transferir o produto para o serviço de perguntas e respostas que anunciaram em Julho. Esse é outro campo que já está lotado de concorrentes. A passagem do Ask como um serviço de busca marca o fim de alguns experimentos interessantes.
O Ask foi comprado pela IAC por US$ 1,8 bilhões em 2005, mas segundo um relatório mais recente hoje eles tem um total de US$ 227 milhões de receita anual.
O Ask sempre foi um serviço de busca inovador, mas por algum motivo nunca decolou. O Ask instituiu em 2006 um recurso de preview de sites semelhante, claro que mais lento e menos inteligente, ao que a Google anunciou recentemente. Em 2007 o Ask inovou na privacidade de dados com o lançamento do Ask Search Eraser. A empresa fez previews de músicas antes da Google, e ainda mais.
Infelizmente, os resultados de busca do Ask nunca foram tão bons quanto os da Google. A empresa também não possuía o mesmo tipo de negócios com navegadores, nem um empurrãozinho do AdWords ou um cross-marketing através do maravilhoso serviço de email, o Gmail.
Aqui vão alguns dos feitos da Ask ao longo dos anos:
- Busca por Blogs
A pesquisa nos blogs do Ask.com costumava ser a melhor, pois permitia a ordem por popularidade, definida pelo número de assinantes do Bloglines, que já foi líder do mercado dos leitores de RSS. A busca nos blogs já era, e o Bloglines foi vendido para uma empresa de publicidade na véspera de ser fechado.
Por alguma razão, a perspectiva de assinatura e de busca por blogs tem sido amplamente rejeitada devido a facilidade e amplitude do Twitter e do Facebook. É triste. - Busca por Fatos
O Ask por muito tempo tem oferecido trechos de resultados de busca escolhidos de forma semântica no topo da página de resultados, algo que a Google começou a fazer muito depois. Por alguma razão, isso não foi o suficiente para prender a atenção dos usuários. - Mapas e Voz
O Ask Maps sempre foi uma alternativa viável do Google Maps para os usuários finais. A inclusão de rotas a pé e de busca por voz são recursos campeões, mas agora com um futuro incerto.
Descanse em paz Ask.com. Você lutou um bom combate.
Detestava o Ask.com. Nunca o utilizei, mas o detestava. Motivo? Alguns programas que instalava no Windows para teste faziam algumas modificações no navegador para deixar a Ask como mecanismo de busca padrão, e algumas vezes era complicado de voltar ao normal.
O problema maior mesmo é que alguns programas faziam isso sem aviso, ou a opção era meio escondida e passava desapercebida.
Talvez esse também seja um motivo pelo qual a Ask não decolou.
Fala Tiago, gostei od seu ponto. Realmente estas barras eram um saco. Não acho que elas são culpadas, mas são uma boa dica de como não se fazer marketing!
Concordo com o Tiago.
Essas barras sempre estiveram associadas a vírus. Não lembro se as deles também tinham vírus, mas a associação Ask -> Vírus fica inevitável pra mim, na verdade eu nunca soube o que era Ask por não querer arriscar minha segurança entrando no site deles, aí você já vê a má impressão que elas passam.
Não lembro se era deles a barra que vem/vinha no instalador do Winamp, mas lembro que era uma barra que continha vírus pois uma vez estava instalando um servidor Windows e a ÚNICA coisa instalada no momento era o Winamp e o cara que instalou não se deu conta de desmarcar a instalação da barra. Resultado: tive que reinstalar o Windows pois aquela instalação, novinha, já havia sido comprometida.